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Proverbios Portugueses

January 25, 2009

Alguns provérbios portugueses

A ambição cerra o coração.
A apressada pergunta, vagarosa resposta.

A desconfiança é a mãe da segurança.
A fome é o melhor tempero.
Água mole em pedra dura tanto dá até que fura.
Águas passadas não moem moinhos.
A ignorância e o vento são do maior atrevimento.

Antes anoitecer sem ceia, que andar com dívidas.
Ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo.
A um favor, mil favores; a piparote, chicote.

Burro velho não aprende línguas.

Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso.
Cão que ladra não morde.
Casa roubada trancas à porta.

Chuva no S. João, tira a uva e não dá pão.

Dá Deus nozes a quem não tem dentes.
Da discussão nasce a luz.
Da mão à boca se perde muitas vezes a sopa.
Dá a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer.
De noite todos os gatos são pardos.
Depois da tempestade vem a bonança.
Depressa e bem há pouco quem.

Deus escreve direito por linhas tortas.
Devagar se vai ao longe.
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.

Em casa de ferreiro, espeto de pau.
Em casa de letrado nunca faltam razões.
Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.
Em terra de cegos, quem tem um olho é rei.

Entre homem e mulher, não metas a colher.

Filho de peixe sabe nadar.
Filho és, pai serás, assim como fizeres assim acharás.


Gato escaldado de água fria tem medo.
Grão a grão enche a galinha o papo.

Homem chorão, ou corno ou cabrão.
Homem pequenino, ou velhaco ou dançarino.
Homem prevenido vale por dois.
Honra e proveito não cabem num saco estreito.

Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
Livra-te do homem que não fala e do cão que não ladra.
Longe da vista, longe do coração.
Luar de Janeiro não tem parceiro, mas lá vem o de Agosto que lhe dá pelo rosto.


Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo.
Mais vale prevenir que remediar.
Mais vale só que mal acompanhado.
Mais vale quem Deus ajuda do que quem muito madruga.
Mais vale tarde do que nunca.
Mais vale um gosto na vida que três vinténs na algibeira.
Mais vale um pássaro na mão que dois a voar.

Mal haja quem de mim mal diz, mais quem mo traz ao nariz.
Março marçagão, de manhã Inverno, de tarde Verão.

Muita parra, pouca uva.
Muitas vezes se perde por preguiça o que se ganha por justiça.
Muito riso, pouco siso.

Não contes os pintos senão depois de nascidos.
Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.
Não desejes mal a ninguém, que o teu mal pelo caminho vem.
Não é com vinagre que se apanham moscas.

Não guardes para amanhã o que podes fazer hoje.
Não há bem que sempre dure, nem mal que não acabe.
Não há fumo sem fogo.

Não há pior cego que aquele que não quer ver.

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Na terra onde fores viver, faz como vires fazer.
Nem tanto ao mar nem tanto à terra.
Nem tudo o que luz é ouro.
Nenhum dedo faz mão, nem uma andorinha Verão.
No comer e no coçar, o mal é começar.

O bom vinho por si fala.
O dinheiro é bom servidor, mas mau senhor.
O fruto proibido é o mais apetecido.
O hábito não faz o monge.
O homem põe e Deus dispõe.

O prometido é devido
O segredo melhor guardado é o que a ninguém é revelado.
O seguro morreu de velho.

Palavras, leva-as o vento.
Para grandes males, grandes remédios.
Parar é morrer.
Patrão fora, dia santo na loja.
Pecado confessado é meio perdoado.
Pela boca morre o peixe.
Pelo dedo se conhece o gigante.
Pelo São Martinho vai à pipa e prova o vinho.

Pelos domingos se tiram os dias santos.
Pelos frutos se conhece a árvore.

Pouco manda quem quer que muito lhe obedeçam.
Pratica e serás mestre.
Presunção e água benta, cada um toma a que quer.

Quanto mais alto se sobe, maior é a queda.
Quem a boa árvore se chega, boa sombra o cobre.
Quem abrolhos semeia, espinhos colhe.

Quem bem faz a cama, bem nela se deita.
Quem cala consente.
Quem com ferros mata com ferros morre.

Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto.
Quem corre por gosto não cansa.
Quem dá aos pobres, empresta a Deus.
Quem dá e torna a tirar, ao Inferno vai parar.
Quem desdenha quer comprar.

Quem mais jura mais mente.
Quem muito dorme pouco aprende.
Quem muito fala pouco acerta.

Quem muitos burros toca, algum há-de deixar para trás.
Quem não arrisca, não petisca.
Quem não deve não teme.
Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele.
Quem procura sempre encontra.
Quem semeia ventos colhe tempestades.
Quem se mete por atalhos, mete-se em trabalhos.
Quem se não sente, não é filho de boa gente.

Quem serve a dois senhores, a algum há-de enganar.
Quem te avisa teu amigo é.
Quem tem boca vai a Roma.
Quem tem medo, compra um cão.
Quem tem padrinhos nunca morre na cadeia.
Quem tem telhados de vidro não atira pedras aos do vizinho.
Quem torto nasce, tarde ou nunca se endireita.
Quem tudo quer, tudo perde.
Quem vai à guerra, dá e leva.
Quem vê caras não vê corações.

Roma e Pavia não se fizeram num dia.
Ralham as comadres, descobrem-se as verdades.

Santos de ao pé da porta não fazem milagres.
Se depois da chuva cai vento, colhe a retranca e põe-te atento.

Segue a razão, ainda que a uns agrade, a outros não.

Tal pai, tal filho
Tantas vezes vai o cântaro à fonte que lá deixa ficar a asa.

Todos falam e murmuram e ninguém olha para si.

Vão-se os anéis e fiquem os dedos.
Vaso ruim não quebra.
Vozes de burro não chegam ao céu.


Fortes de Goa

January 25, 2009

Fortes de Goa

· Visite os fortes de:

Tiracol

Alorna

Tivim/Meio

Chaporá

Corjuem

Reis Magos

Aguada

Sanquelim

Pondá

Gaspar Dias

Nanuz

Banastarim

Mormugão

Rachol

Cabo de Rama

Anjediva

· Os fortes hoje

Há muitas edificações militares em Goa com muitos séculos de vida. Hoje a maioria encontra-se num estado de conservação muito mau, contudo visitar hoje os fortes de Goa é uma experiência única:
Por um lado os fortes estão rodeados por paisagens tão deslumbrantes e transmitem um sentimento de nostalgia e história tão forte que os visitantes quase que se apaixonam por eles. Por outro lado a visita de tais lugares normalmente traz consigo um profundo sentimento de angústia quando se repara no estado de conservação de tais patrimónios históricos e na ignorância a que estão sujeitos.
Já A. Lopes Mendes descreve estes sentimentos no seu livro “A Índia Portuguesa”, publicado no século XIX:
“Quasi tudo se acha já desmoronado e desfeito, como testemunho evidente do nosso desleixo e ingratidão nacional. Sente-se na verdade profunda mágua ao contemplar as solitarias ruinas de Goa, onde os nossos maiores alcançaram tão merecida fama.”

· A arquitectura militar

Quanto à caracterização da arquitectura militar em Goa há alguns livros de interesse mas A. Lopes Mendes resume o essencial:

“Quasi todas as fortificações do Estado da India portugueza foram construidas em tempos anteriores á pratica dos principios de Vauban, e algumas até fabricadas incialmente pelos mouros. São cópias exactas , das que temos no reino, désses mesmos tempos, em posições similhantes, com seus baluartes apertadissimos e informes, e algumas ainda com as velhas torres, barbacans e couraças que os progressos da arte militar têem feito desapparecer.”

· O futuro

É um facto que hoje muitos dos monumentos que este investigador ainda pôde observar em estado ruinoso desapareceram por completo em Goa e que muitos outros estão em vias disso se nada fôr feito para a sua conservação.
Uma opção é entregar tais lugares à exploração turística privada, obrigando-a à sua manutenção, tal como com sucesso tem vindo a acontecer no Forte de Tiracol.
Haverá outras opções?

Esta secção é fruto de uma longa investigação e inclui a visita à maioria dos fortes aqui descritos. Grande parte da história dos fortes é retirada do magnífico livro “A Índia Portuguesa” de A. Lopes Mendes (2 volumes). Se tiver qualquer sugestão ou crítica a fazer contacte-me (Constantino Xavier)

· A localização dos fortes descritos:

A localização dos fortes no estado de Goa